Algum tempo atrás, visitando uma professora de História da UFRGS, de quem tive o prazer (ou desprazer levando-se em conta as dificuldades da cadeira) de ser aluno no início dos anos 2000, e enquanto discutiamos a respeito da edição de seu mais novo livro, iniciamos uma conversa sobre o "preconceito" cristão.
Defendi que o cristianismo não é preconceituoso, mas rígido em sua doutrina. Afirmei para ela que não importava o que eu pensava, mas sim o que a Palavra "pensava" para mim e sobre mim. Ela é meu oráculo, ela é meu caminho e nela eu apoio todo meu ser, não importando o que pensa o outro, mas ela simplesmente. Antes de ser sensível ao outro, sou sensível a Palavra de Deus que me diz: Ame o próximo como a ti mesmo; o que não permite que eu seja insensível com meu próximo, mas não tolera que eu o ponha antes daquilo pré-ordenado por Deus em Sua Palavra.
Pelos adjetivos usados por ela para definir minha linha de pensamento, pude deduzir, que para ela isso tudo é loucura. Como podia eu, depois de ter caminhado numa das mais tradicionais escolas marxistas do Brasil pensar assim? Era um louco insolente que cuspia em tudo que ela e outros ensinaram com tanto ardor do alto de seus pedestais antropocêntricos.
Você evangélico de longa data pode também não concordar comigo... fazes bem, deves antes disso, mergulhar teus pensamentos e dedicar teus poucos dias que ainda restam para ler, meditar e concordar com a Palavra de Deus e não com alguém como eu, que você não conhece, senão por uns poucos textos publicados sem muita freqüência na internet. Mas talvez eu saiba porque você não concorda e também saiba que não é desvio da Palavra, mas sim, desvio de sua auto-imagem-cristã que o leva a discordar de mim.
Você não admite "perder" alguém para o reino de seu deus. No seu "planejamento" e estratégia de evangelismo, Mateus não precisa sair da recebedoria nem Pedro largar as redes quando Jesus disser: Siga-me. Para você, "conversão" é algo gradual, acontece ao longo de anos, décadas... quiçá uma vida... no entanto, te contradizes quando afirma que "salvação" é algo instantâneo, precedida apenas de uma curta e ritualística oração.
Enquanto conversava com aquela mulher não via uma doutora em História a quem eu devia honrar... ela não precisava das promessas do evangelho pagão contemporâneo, financeiramente ela vai muito bem. Talvez ela tenha problemas em outras áreas, quem sabe, pouco me importa... me importava naquele dia e me importa ainda hoje uma única coisa quando vejo um perdido, doutor ou analfabeto: Expor a Palavra da Cruz.
O problema é que nós, que decidimos expor a Palavra de Deus tal qual ela é, deparamo-nos com uma palavra verdadeira: "Certamente, a Palavra da Cruz é loucura para os que se perdem" (1 Co 1.18)
O que fazer então? Continuar a pregar o evangelho louco para um mundo perdido ou pregar um evangelho paliativo à alma destituída de Deus? Pregar uma cruz que leva o homem ao arrependimento ou um caminho tão lindo que só mesmo um louco recusaria andar por ele?
Os atuais pregadores e crentes preferem se apegar às experiências pessoais em detrimento da Palavra de Deus, pois aquela lhe dá uma falsa segurança de que seu trabalho evangelístico tem muito efeito, esta no entanto, mostra que é impossível uma vida se salvar senão pela inteira vontade e trabalhar do Espírito Santo de Deus, pois sem sua intervenção ela continua loucura para os que se perdem e sabedoria tão somente para os salvos. E para o homem é melhor depender tão somente dele, do que de outro, ainda mais de um deus tão longe.
Será portanto, que a Palavra de Deus já não se tornou loucura também para nós? Será que hoje desejamos ser sábios ao mundo em detrimentos de ser santos a Deus?
Este texto não é definitivo... eu muito tenho que aprender sobre evangelizar... nem mesmo teria coragem de escrever umas poucas linhas ensinando-os tal ministério. No entanto não tenho a aprender sobre estratégias de evangelismo, mas sim de Palavra, que eu novamente afirmo: É meu oráculo, meu caminho e onde apoio todo meu ser.
autor: Daniel Clós
Defendi que o cristianismo não é preconceituoso, mas rígido em sua doutrina. Afirmei para ela que não importava o que eu pensava, mas sim o que a Palavra "pensava" para mim e sobre mim. Ela é meu oráculo, ela é meu caminho e nela eu apoio todo meu ser, não importando o que pensa o outro, mas ela simplesmente. Antes de ser sensível ao outro, sou sensível a Palavra de Deus que me diz: Ame o próximo como a ti mesmo; o que não permite que eu seja insensível com meu próximo, mas não tolera que eu o ponha antes daquilo pré-ordenado por Deus em Sua Palavra.
Pelos adjetivos usados por ela para definir minha linha de pensamento, pude deduzir, que para ela isso tudo é loucura. Como podia eu, depois de ter caminhado numa das mais tradicionais escolas marxistas do Brasil pensar assim? Era um louco insolente que cuspia em tudo que ela e outros ensinaram com tanto ardor do alto de seus pedestais antropocêntricos.
Você evangélico de longa data pode também não concordar comigo... fazes bem, deves antes disso, mergulhar teus pensamentos e dedicar teus poucos dias que ainda restam para ler, meditar e concordar com a Palavra de Deus e não com alguém como eu, que você não conhece, senão por uns poucos textos publicados sem muita freqüência na internet. Mas talvez eu saiba porque você não concorda e também saiba que não é desvio da Palavra, mas sim, desvio de sua auto-imagem-cristã que o leva a discordar de mim.
Você não admite "perder" alguém para o reino de seu deus. No seu "planejamento" e estratégia de evangelismo, Mateus não precisa sair da recebedoria nem Pedro largar as redes quando Jesus disser: Siga-me. Para você, "conversão" é algo gradual, acontece ao longo de anos, décadas... quiçá uma vida... no entanto, te contradizes quando afirma que "salvação" é algo instantâneo, precedida apenas de uma curta e ritualística oração.
Enquanto conversava com aquela mulher não via uma doutora em História a quem eu devia honrar... ela não precisava das promessas do evangelho pagão contemporâneo, financeiramente ela vai muito bem. Talvez ela tenha problemas em outras áreas, quem sabe, pouco me importa... me importava naquele dia e me importa ainda hoje uma única coisa quando vejo um perdido, doutor ou analfabeto: Expor a Palavra da Cruz.
O problema é que nós, que decidimos expor a Palavra de Deus tal qual ela é, deparamo-nos com uma palavra verdadeira: "Certamente, a Palavra da Cruz é loucura para os que se perdem" (1 Co 1.18)
O que fazer então? Continuar a pregar o evangelho louco para um mundo perdido ou pregar um evangelho paliativo à alma destituída de Deus? Pregar uma cruz que leva o homem ao arrependimento ou um caminho tão lindo que só mesmo um louco recusaria andar por ele?
Os atuais pregadores e crentes preferem se apegar às experiências pessoais em detrimento da Palavra de Deus, pois aquela lhe dá uma falsa segurança de que seu trabalho evangelístico tem muito efeito, esta no entanto, mostra que é impossível uma vida se salvar senão pela inteira vontade e trabalhar do Espírito Santo de Deus, pois sem sua intervenção ela continua loucura para os que se perdem e sabedoria tão somente para os salvos. E para o homem é melhor depender tão somente dele, do que de outro, ainda mais de um deus tão longe.
Será portanto, que a Palavra de Deus já não se tornou loucura também para nós? Será que hoje desejamos ser sábios ao mundo em detrimentos de ser santos a Deus?
Este texto não é definitivo... eu muito tenho que aprender sobre evangelizar... nem mesmo teria coragem de escrever umas poucas linhas ensinando-os tal ministério. No entanto não tenho a aprender sobre estratégias de evangelismo, mas sim de Palavra, que eu novamente afirmo: É meu oráculo, meu caminho e onde apoio todo meu ser.
autor: Daniel Clós
2 comentários:
Fantástico. Simples e preciso.
Me sinto angustiado na luta em favor da contextualização da mensagem. Entendo que a mensagem deve ser contextualizada, mas não os valores e fundamentos.
Viva a loucura que apenas os salvos podem compreender!
Paz irmão Ariovaldo
Acontece que hoje os crentes querem ser reconhecidos pelo mundo... pois Deus não lhes dá placa nem medalha de honra.
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