27/11/2009

idéias emergentes, filosofias vãs
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." (Colossenses 2.8)


Tenho estudado sobre o "movimento" igreja emergente, encontrei idéias geniais, sensacionais eu diria, mas entre aqueles que professam ser "liberais" o que vi foi antropocentrismo, abandono da Palavra e negação da Cruz de Cristo.

Não coloco aqui todos os ditos emergentes, isso seria leviano, seria burrice, em todos os lugares encontramos homens que servem e Deus e o buscam em Espírito e Verdade. A quem se "engane na busca da verdade", mas enquanto existir raiz há esperança.
Digo isso porque até mesmo a igreja que freqüento pode ser considerada uma igreja emergente se utilizar-mos a idéia de Mark Discroll. (clique aqui). Este texto é direcionado àqueles que negam a cruz de Cristo, negam sua divindade e consideram-se verdadeiros adoradores de Deus.

Eu poderia discutir o pensamento que eles têm a respeito de homossexualismo, sexo antes do casamento, céu e inferno, virgindade da mãe de Cristo, etc., mas vou me deter apenas há um ponto. A cruz de Cristo e a obra redentora dessa cruz.


Alguns sites ditos emergentes, e alguns blogs, de autores que periodicamente publicam em sites assim denominados, fazem questão de "informar" um novo caminho, melhor, de informar que existem muitos, centenas, milhares de caminhos para Deus. Eles já não valorizam mais a Cristo, porque valorizar sua Palavra? (Eu sou o único caminho, verdade e vida). O que pregam é um largo caminho ou várias estradas pavimentadas e espaçosas o suficiente para que eu possa trazer comigo o meu ego e não seja necessário negar a mim mesmo, mas negar apenas a cruz de Cristo.

Em seus textos vemos dezenas de inserções de filósofos declaradamente ateus, (homens que odeiam a Deus) vagamente surge um texto de algum teólogo "criador" dessa "emergência" e por fim nada, absolutamente nada de Bíblia, exceto para, tal qual neopentecostais da Teologia da Prosperidade fazem, pegam um texto e o retiram do contexto para justificar suas mundanices e desvios.

Cristo aparece mais como um homem que "revolucionou" do que como o Filho de Deus... e seu sacrifício pufs! Um dos escritores brasileiros sobre o tema igreja emergente escreveu: "primeiro e mais importante, não posso chegar ao lar pela estrada que sugere que Jesus seja o único caminho..." o mais importante para ele foi dizer, Cristo não é o caminho, ainda escreveu: "essa estrada está interditada, fechada para sempre." Este rapaz invalidou a obra da cruz, ele desprezou a morte e ressurreição de Cristo por ensinos filosóficos de homens que não crêem em Deus. Ele ainda chamou Deus de "arbitrário e abusivo"... Porque? Ele não conhece a Deus e se assim continuar  a proceder um dia Cristo dirá a Ele... "não te conheço".

Ainda num destes sites que defendem o "movimento", vi textos que "mostravam" um Novo Testamento que não faziam sentido, se por um lado chamam Paulo de o "emergente dos emergentes" de outro preferem os textos de Copérnico e de Kant aos de Paulo, por considerá-los sem sentido ao cristianismo atual, desapropriados à pós-modernidade. Na verdade, são textos deseapropriados ao nosso mundanismo e aos desejos de nosso coração e por isso lutamos contra eles, por isso, pessoas como estas os definem como "sem sentido".

O que vi foi um grupo de pessoas que deseja "aceitar a Deus" e não ser "aceito por Ele". Vejo um grupo de pessoas que diz: "se Deus me ama Ele vai me aceitar assim, senão Ele não é Deus", isso é tão perverso quanto  Teologia da Prosperidade que diz "se eu fizer isso e provar Deus Ele tem que fazer porque é Deus". O que vejo, é o vaso dizendo para o oleiro "Que fizeste? Eu não queria ser assim!" (Rm 9.21)


Vejo pessoas dizendo: "Deus negue-se a si mesmo pois eu não vou carregar nenhuma cruz."

Não vi amor nesse tipo de "cristianismo" que algumas vezes nem se define como tal, não vi compaixão pelas almas perdidas, vi sim um total desvio da Palavra de Deus, dizendo: "Não se preocupe, leve assim sua vida que Deus te ama não vai deixar você ir para o inferno", ensinam errado e condenam um pecador ao inferno. Perderam o cuidado com a doutrina, (1Tm 4.16) desviaram-se do Caminho da Salvação e como o pr. Mark Discroll disse sobre esses emergente liberais: "quebraram o próprio galho onde estavam sentados", além disso, constantemente fazem a Palavra de Deus mentirosa e errada em prol de escritos de Foucault. Na justificativa de ganhar vidas perderam suas próprias e ainda fazem campanha em prol do inferno.

São pessoas que amam muito mais o mundo e o que há nele, preferem muito mais as coisas terrenas às celestiais, ajuntam para si homens que falam o que elas querem, e por fim, julgam-se sábios, mas não o são.

Aconselho um bom texto publicado recentemente no blog Bereianos sobre a "flexibilidade doutrinária" (clique aqui)

autor: Daniel Clós

25/11/2009

analisando palavras, posturas e conteúdo

Vou começar com o trecho de uma pregação que assisti no YouTube de um pastor bastante famoso (não é meu objetivo aqui citar o nome desses pastores, são sacerdócios caídos, Deus tenha misericórdia e os levante):

“Nossos capítulos são tecidos no céu, mas somos nós quem ditamos pra Deus o que queremos para nós.” (sic) – grifo meu

Essa frase, muito ovacionada e “glorificada” quando o pastor a falou do púlpito é bastante semelhante a que li em um blog, de um outro pastor, recentemente:

“Você crê que Deus pode mudar esta situação terrível que vive na família, no amor, na saúde ou na sua vida financeira? Então, use o seu Isaque e prove a Deus. E no altar você poderá dizer: “Deus, o Senhor já está me devendo porque eu também cheguei ao limite da minha fé!” E como Deus não pode ficar devendo nada a ninguém, VAI TER QUE ARREBENTAR!!!!” (sic) – grifo meu

Quando olha para essas duas frases vejo egoísmo e antropocêntrismo, uma falta de temor e tremor de Deus e um descaso com a Palavra do Senhor. Quando olho o deus apresentado por estes dois “pastores” vejo um deus humano, frágil e solitário, que necessita que os homens o adorem, o busquem e procurem um relacionamento com ele pois ele é um pobre zelador das "nossas" riquezas. Este, é o deus destes pastores.

O profeta Isaías disse: “Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?" (Is 45.9). Pergunto, quem são estes homens? Quem os criou? Quem os deu uma mente? Para que tratem a Deus como uma coisa qualquer. Para que digam: “somos nós que dizemos como Deus fará” ou “agora fazes isso”? Quem são estes homens?

Em Colossenses 2.14 o apóstolo Paulo diz que Cristo pagou nossa dívida, com seu próprio sangue sendo ele cravado na cruz. Que dívida pode Deus ter conosco?

Meu coração tem vontade de explodir ao ver milhares de pessoas sendo enganadas por falsos mestres da Palavra de Deus. Ensinam apenas a como viver uma vida mundana satisfazendo desejos da carne e nada mais. Ao mesmo tempo não consigo mais sentir tristeza por estes que dessa forma se perdem, pois não querem a Cristo, não querem a Cruz, não desejam a Salvação, nem mesmo consideram-se pecadores, eles apenas querem ajuntar pregadores para si de um evangelho satânico que agrada seus corações corruptos e perversos.

Voltemos a simplicidade do evangelho, não abandonemos o crer no milagre, não abandonemos a prática da oferta, mas nos voltemos ao Evangelho da Cruz, ao Evangelho da Reconciliação do homem com Deus.


autor: Daniel Clós
o triunfalismo e a teologia da precariedade 

É normal nos enganarmos na vida (Jr 17.9) e na teologia (Jó 42.3; Rm 11.33). As igrejas cometeram enganos (At 6.1) e ainda os cometem. Olhando o quadro geral dos equívocos dos evangélicos, pergunto-me o que os causa. Talvez seja o triunfalismo, que precisa ser denunciado e contraposto a uma alternativa: uma teologia da precariedade.

Defino o triunfalismo como a crença equivocada de que, por sermos crentes em Cristo, devemos ser vitoriosos em tudo, jamais experimentando fracassos ou reconhecendo fraquezas físicas, morais, intelectuais e espirituais. Falta ao triunfalista o sentimento trágico da vida, um reconhecimento de suas limitações.

A arrogância evangélica triunfalista vai das certezas inamovíveis dos teólogos até as irreverentes demandas para com Deus. A teologia da precariedade foca nossa condição espiritual precária, intelectualidade precária, moral precária, na compreensão de que não somos chamados para ser anjos, mas humanos que andam humildes diante de Deus (Mq 6.8), sabedores dos nossos limites e bondosos para com os outros em “seus” limites.
O contraste começa na oração. O cerne da piedade precária é uma vida de oração fragilizada, modelada pelos Salmos, em que se busca comunhão e intimidade com Deus por meio da gratidão, da autoexpressão (inclusive frustrações, Sl 13.1), do autoconhecimento (Sl 90.8), da confissão (Sl 51.9), da sujeição (Sl 25.4) e da comissão (Sl 143.10), em oposição às infindáveis petições típicas da oração triunfalista, que pede mal (Tg 4.3), almeja vitórias terrenas e vê na oração uma solução mágica. A petição precária pede sabedoria e espiritualidade (Lc 11.13) para lidar com problemas e sofrimentos, encarados como algo normal, e prefere rogar com Cristo: “faça-se a tua vontade” (Mt 6.10).

Ser cristão não garante vitória em qualquer faceta da vida, da saúde às finanças, das ideias teológicas ao ministério. Dizem que não demandá-las de Deus é falta de fé (não sabem que “’tudo’ é vaidade”? Ec 1.2). Demonstram falta de contentamento (1Tm 6.6). Em Cristo temos vitórias espirituais: a justificação dos pecados, a santificação pessoal, a salvação eterna. Triunfamos sobre a morte espiritual sem nunca deixarmos de ser pecadores (1Jo 1.10). A jornada espiritual até a varonilidade de Cristo é fruto da ação paciente de Deus (Cl 2.8), livrando-nos do orgulho e da rebeldia que nos tentam a vida toda (Rm 8.19).
Seguir a Cristo é abnegação, é “tomar a cruz” (Mt 16.24). Não simplesmente sofrer, que é parte da condição humana (Tg 5.10), mas completar em nós os sofrimentos de Cristo (Cl 1.24) por meio do cumprimento de nosso ministério, assim como Cristo cumpriu o seu. Cristo não promete a seus discípulos uma vida fácil, com vitórias na vida financeira, na saúde e nos relacionamentos (Mt 10.5-23). Cristo e os apóstolos eram pobres, passavam por dificuldades (Hb 2.10), inclusive de saúde (Gl 6.11; 1Tm 5.23), e tinham toda sorte de complicações relacionais entre si (At 15.39; Gl 2.11). Estiveram presos, e viram isso como um privilégio e uma oportunidade (2Tm 1.8).

Ensina-se equivocadamente que tornar-se um crente em Cristo significa ter acesso a uma vida de bênçãos materiais e de vitória sobre todos os males que afligem o corpo e a alma. Uma revista evangélica recentemente anunciou em sua capa que Cristo é a solução para a depressão. Há, porém, muitos fiéis com quadro clínico de depressão, e isso nada tem a ver com pecado ou falta de espiritualidade. Há toda sorte de enfermidades físicas e psíquicas a que estamos sujeitos, cristãos ou não, e por meio delas somos instruídos por Deus e temos oportunidades ministeriais. Se recebemos de Deus o bem, não receberemos dele também todos os males comuns da nossa condição humana (Jó 2.10)? Deus torna os males em bênçãos (Gn 50.20). Procuremos descobrir qual o seu significado em nossa vida e ministério.

O triunfalismo torna os crentes presunçosos (Sl 19.13). Em vez de estarmos dispostos a compartilhar todas as mazelas da existência humana, e dessa forma nos tornarmos capazes de empatia, queremos estar acima delas, e de todos os que as enfrentam. Isso leva a uma vida de mentiras que contamos aos outros e a nós mesmos. Na verdade, temos em comum uma vida de sofrimentos, enfermidades, relacionamentos imperfeitos e fracassos. Nossa fé e nossa comunhão com Deus em Cristo não impedem que enfrentemos crises e problemas, que vivenciemos fracassos, doenças e tristezas, pois são parte comum e inevitável da vida de qualquer pessoa neste mundo caído no pecado.

A fé nos traz a esperança de um mundo melhor (Ap 21.14), a certeza de que tudo colabora para o bem (Rm 8.28), e de que nada acontece sem que Deus permita (Mt 10.29). Nossa comunhão com Cristo nos garante forças para suportar as aflições com paciência (Tg 5.11), e impede de sermos tentados pelo desânimo quando enfrentamos dificuldades na vida.

Quando somos transformados pela ação do Espírito Santo, nos desapegamos dos bens materiais, e até do desejo neurótico pela saúde plena do corpo e da mente. Desprendemo-nos até da vida biológica como valor em si, pois já morremos com Cristo para esta vida terrena (Cl 2.11-12), e vivemos agora em Cristo e para Cristo somente, sem medo da morte biológica (Fp 1.21).

O triunfalismo também está por trás do amor ao sucesso de lideranças evangélicas que priorizam o crescimento e nivelam o ministério eclesial com o empreendimento comercial secular. Têm por modelo os empresários bem sucedidos, ostensivamente ricos, ou as celebridades, e não os pobres caminhantes da Galileia. Não percebem que ministério sem o sacrifício do prestígio é o sacrifício do ministério no altar do sucesso.

A piedade precária se contenta com ministérios desprestigiados e igrejas pequenas que encontram a sua força na fraqueza (2Co 12.10). Igrejas não precisam crescer, e não deveriam nem sequer almejar o crescimento, mas antes a fidelidade a Cristo e à vocação e testemunho cristãos. Igrejas não são fins em si mesmas, mas agências proclamadoras do reino de Deus. Por isso, elas podem ser provisórias, institucionalmente frágeis e, do ponto-de-vista secular do empreendedorismo, totais fracassos.

O triunfalismo efetua ainda uma atitude moral equivocada em que os crentes passam a se ver como mais puros e santos que os pecadores incrédulos. O cristão é santo porque foi “separado” para a missão de seguir a Cristo. O que nos diferencia dos ímpios é sermos pecadores conscientes do pecado e da necessidade da graça e do perdão de Deus, consciência esta que os ímpios não têm.

A moralidade triunfalista parte da criação de Deus, mas ignora a queda, e prega uma proposta de conduta idealizada, mais adequada a anjos que a homens. No paradigma da piedade precária, adota-se a redução de danos, pois vivemos em mundo caído. Então deixamos de negar que as famílias evangélicas são disfuncionais e encaramos os dramas morais dos evangélicos como o padrão, e não mais como exceções.

O triunfalismo também nos torna soberbos intelectualmente (1Co 1.20), ignorando os efeitos do pecado sobre sua razão. A piedade precária nos convida a uma teologia fraca em que se reconhece que as opiniões teológicas e morais são apenas aproximações. Somos como cegos apalpando nosso caminho; nossas formulações doutrinárias e interpretações bíblicas são fruto da reflexão humana historicamente condicionada.

O triunfalismo leva os evangélicos a achar que é errado ter incertezas e dúvidas, que é feio admitir a ignorância, que o questionamento é sinal de falta de fé. O cristão precário está sempre disposto a ouvir vozes discordantes, a aprender com quem pensa diferentemente, inclusive com os incrédulos. Podem-se aprender lições preciosas das pessoas mais incultas, bem como dos maiores pecadores e hereges, pois todos têm alguma lição a dar, e ninguém, além de Deus, é dono da verdade (1Co 8.1-3).

Convido todos os evangélicos a abandonar o triunfalismo, adotando uma teologia da precariedade: caminho da fraqueza, humildade, ignorância, resignação e desprendimento. Pensemos a comunhão com Cristo como uma jornada de santificação pessoal que implica os tremendos sofrimentos advindos do abandono dos desejos e concepções do velho homem (Ef 4.22), e não nas benesses de um favorecimento da parte de Deus que nos permita obter exatamente as coisas de que deveríamos antes nos desapegar. Abandonemos os desejos carnais pelo dinheiro, pela saúde, por longevidade, cujo preço é a decrepitude.

Sacrifiquemos nossa vida no altar divino (Rm 12.1). Abandonemos o desejo carnal por sistemas de pensamento que nos deem falsa certeza e tranquilidade (2Co 10.4-5). Que nossas opiniões sejam manifestadas com singeleza e reconhecimento da nossa imperfeição intelectual (Cl 4.6). Ambicionemos apenas que Cristo seja conhecido pelo nosso viver (Gl 2.20), ainda que saibamos desde já que também nisso fracassaremos, pois muitas vezes nossa carnalidade nos impedirá de exalar o bom perfume de Cristo (2Cr 2.14-17).

Ricardo Quadros Gouvêa é ministro presbiteriano e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Seminário Teológico Servo de Cristo.

Este texto retirado do blog Bereianos foi inicialmente publicado no site da Editora Ultimato


24/11/2009


há mais poder nas trevas ou na luz?

Passando em frente ao Mercado Público de minha cidade observei a organização de um “evento cultural” que acontece ali, nessa mesma época do ano, há pelo menos 14 anos, trata-se da “semana da umbanda e da cultura afro”. Sim, há quase uma década e meia, todos os anos, no mês de novembro, lá estão eles... e nós? Nós passamos por aquele mesmo lugar um mês atrás, há pelos menos uma década fazemos isso todo ano, exceto por um ano, em que tivemos que adiar o dia da marcha pois eles já haviam reservado o espaço antes, e seguindo um dos incisos do art. 5º da CF/88, precisamos esperar mais uma semana, para que? Ora! Para marchar é claro.



Pois bem, passa ano, mês, marcha, novelas da Globo e é sempre a mesma coisa... profetiza-se: “O lugar que colocarmos a planta de nossos pés nessa marcha será nooooosso!” A frente da Prefeitura de Porto Alegre, local tradicional de saídas da marcha ainda é mais utilizado por ciganas cartomantes e meninos viciados em crack do que por evangélicos. “Declaramos no “mundo espiritual” que satanás não tem poder sobre este lugar!” Apesar disso, todo ano, no mês seguinte, na semana seguinte, ou até no final de semana seguinte, lá estão eles, na semana da umbanda... o que está acontecendo? As trevas estão mais fortes que a luz? Deus está tendo dificuldades para manter satanás na linha? Os crentes estão orando pouco?... é isso, estão orando pouco... também.

Vejamos, não faltam eventos gospel, ministrações de avivamento (afinal o que está morto precisa ser reavivado) e determinações no mundo espiritual, que às vezes lembra um pouco Matrix, um lugar onde acontece uma série de batalhas virtuais para que o mundo seja salvo... então podemos dizer que sim, o crente ora... ora pela prosperidade, ora pela salvação de suas dívidas, ora pelo novo emprego de seu filho, ora pelo carro novo mas que não tem seguro... quanto ao resto essas declarações e determinações não tem surtido nenhum efeito aparente.

Em Isaías 55.11 disse Deus: a Palavra que sair da minha boca se cumprirá como eu determinei, ela não voltará para mim sem cumprir aquilo que Eu determinei... hum, o que Deus determinou nem sempre é o que nós determinamos e aí está um, apenas um dos muitos problemas. Determinamos sem consultar nosso Senhor, determinamos por nós mesmos, nós determinamos e não Deus, nossas profecias são de nossa boca, não da boca do Senhor; nossa palavra não tem o mesmo poder das palavras de Deus, elas seguidamente voltam vazias, seguidamente não cumprem aquilo que desejávamos... não é só falta de fé... é simplesmente falta de poder na Palavra e o principal, desconhecemos o Deus da Palavra... isso não pertence a nós, esse poder pertence ao Senhor. A palavra Dele é que criou o mundo, não a nossa.

Estamos vivendo um tempo em que ajuntam-se aos montes falsos líderes e cegas ovelhas que num contrato perfeito e sem falhas, apóiam-se mutuamente para continuar a enganar e ser enganados. Os primeiros determinam, declaram, profetizam, fazem atos proféticos e danças apostólicas... os segundos, aplaudem e esquecem; sim, eles esquecem, pois se guardassem cada palavra dita no púlpito de suas igrejas, televisores e rádios por pelo menos 30 dias, poucos pastores ainda estariam em suas funções. Quando um pastor falha em suas profecias, seus atos e suas determinações no mundo espiritual o erro cai sobre as ovelhas, que cegas, mas felizes (povo marcado, mas feliz), aceitam que o problema são elas e não o seu pastor, que não as alimenta com pasto novo, apenas as entope com palha seca.

Não creio que mais dez anos de profetadas na Marcha para Jesus, aqui ou em qualquer outro lugar vá mudar o mundo, creio na Palavra de Deus. Não espero por um grande avivamento no mundo, pelo contrário, creio no Cristo disse: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8) ou ainda, conforme o que escreveu o apóstolo Paulo: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” (1 Tm 4.1). Pois nos últimos dias, o amor de muitos esfriará (Mt 24.12).

Então não, definitivamente não espero por um grande avivamento... pois são poucos os que vão passar pela estreita porta depois de terem passado pelo estreito caminho.

Pense nisso.
autor: Daniel Clós

22/11/2009

festa à fantasia, piercing, tatuagem... o que a Bíblia não fala mas os pastores sim

Há alguns anos, fui convidado por um pastor, e participei de um evento para jovens e adolescentes em uma igreja evangélica aqui de minha cidade. O objetivo do presbitério da instituição era ensinar a sã doutrina conforme a Palavra, sem nenhuma idéia humana ali embutida. Ora, isso era o mesmo que pensavam ser possível os historiadores da Escola Metódica ou Positivista, eles morreram acreditando serem totalmente imparciais, isso porque não leram seus próprios textos 50 anos depois. Ora, quem pode ser totalmente imparcial? Se você é a favor da pena de morte não será um discurso que lhe fará mudar de opinião, pessoalmente, acredito que apenas uma transformação gerado no Espírito Santo te fará pensar de outra forma. O mesmo digo dos “idolatradores” da Teologia da Prosperidade, só o Espírito Santo para fazer uma obra na vida deles e os transformar, ou alguém acredita que por tanto gritar eles vão acordar? Somente quem tem ouvidos ouve.


Pois bem, alguns pastores e líderes sentados no meio de um grupo de aproximadamente 50 jovens e adolescentes, ávidos por questionarem tudo aquilo que desejam fazer mas têm medo de que sejam disciplinados por tal atitude, ainda que a tal denominação, como tantas outras, diga não ter doutrinas senão as bíblicas.

Entre as primeiras perguntas, escritas em um papel, afinal ninguém quer mostrar a cara quando se tem 16 anos e não é filho de pastor ou levita, veio a seguinte: “Jesus era tatuado, posso fazer uma tatuagem?”


A gente já sabe de onde o rapaz ou moça tirou a idéia de que Jesus é tatuado (Ap 19.16), e não vou entrar aqui no detalhe se Jesus é ou não tatuado, eu tenho tatuagem e fiz depois de muitos anos de convertido, mas não aconselharia ninguém a fazer uma, você pode se arrepender mais tarde, então, mantenha a pele limpa até ter certeza de alguma coisa... mas voltando ao Jesus tatuado e se eu posso ou não fazer a resposta dos pastores foi, entre outras coisas: “tatuagem tem um simbolismo perverso, é usada por pessoas de gangues e promiscuas, não por alguém que já teve um encontro com Deus etc...” por fim a mesma bobagem de sempre: “a Bíblia diz que não se deve marcar o corpo”.


Também sabemos de onde vem essa pérola, e aqueles que lêem a Palavra sabem que ela está incompleta. A Palavra diz em Lv 19.28, que “não golpeareis o corpo nem o marcareis pelos mortos”... hum mudou muito... mas não quero parar aqui, não quero me deter nas coisas pequenas, quero ir para o macro, para ver se assim, os legalistas conseguem abrir seus olhos. Neste mesmo capítulo de Levítico, a lei mosaica também proíbe o consumo de sangue animal, o corte arredondado do cabelo, o se vestir com roupas de diferentes malhas (ex: algodão e lã), manda guardar o sábado e por fim intruí quanto à prática do sacrifício de carneiros.


O que aconteceu que apenas um pedaço da lei foi mantido e o restante foi “detonado”? Moisés não ouviu direito o que Deus lhe disse e escreveu coisas além do necessário? Não servem mais?


Pergunta vai, resposta vem, surge o piercing... Ah o piercing... a resposta foi das melhores, vai bem a calhar com o fim da novela das 8 da Globo. “Essa é uma prática indiana em homenagem a ídolos, representa sensualidade e é demoníaca. Um cristão não pode ficar copiando esse tipo de coisa”. Aí resolvi participar, apesar de ser convidado. Fiz então a seguinte colocação e pergunta:


“Pastor, mas quando Eliezer encontra Rebecca ele lhe põe um pendente no nariz. Se lermos em Êxodo, vamos ver que as mulheres hebréias doaram seus pendentes de nariz para os utensílios do templo. Não poderíamos nós então pensar no “significado” do pendente para os judeus e não para os indianos?”


Antes da resposta ouvi: “De que igreja você é mesmo?” Depois de responder ouvi um solene: “Porque motivo seguiríamos a lei? Haviam outros povos andando com os judeus no deserto, certamente era desses outros povos, que não eram de Deus, os pendentes”.


Contraditório? Não, absurdamente insano, mundano e perverso esse tipo de pensamento. Um pensamento que só deseja cativar de forma violenta pessoas que vão ali em busca de água, e o que recebem para beber? Vinagre?


O mesmo aconteceu comigo aí já em outro lugar quando questionei uma festa à fantasia organizada por membros da minha igreja há vários anos atrás. Até porque essas mesmas idéias de “significados” rolam por lá. Discuti o fato de festas à fantasia estarem na origem das festas carnavalescas, nas orgias e outros tipos de eventos profanos desde a Antigüidade, e falo com a propriedade de um professor de História com estudos na área de História Antiga Clássica, e encontramos tanto na literatura tradicional como na hoje disposta na internet, uma vasta bibliografia à respeito.


O que ouvi foi: “Não podemos levar tudo tão à sério assim não”.


Ora, que tipo de cristianismo estamos vivendo? Um cristianismo arbitrário que escolhe aquilo que é bom e aquilo que é ruim conforme a moda, que diz não ao incenso mas diz sim ao mantra “gospelizado”, que diz não a música secular mas sim aos filmes seculares que usam essas mesmas músicas como tema? Aí quando queremos incorporar uma nova mania espiritualizamos tudo e dizemos: “Vamos resgatar o que o diabo nos tomou, e agora vamos fazer isso ou aquilo”.


A hipocrisia já atingiu faz muito tempo o ápice dentro da igreja instituição. Que a cada momento “resgata” alguma coisa das mãos do diabo. “Resgataram” o rock e o tornaram espiritual, “resgataram” a dança e a tornaram profética, “resgataram” a guitarra e a tornaram ungida, “resgataram” as festas à fantasia e tornaram momento de comunhão... só esqueceram de resgatar o homem e dar-lhe a chance de ser chamado, Filho de Deus.

autor: Daniel Clós

9,5 teses contra as indulgências do neopentecostalismo

1.
Não aceite bençãos, curas e milagres em troca de um "sacrifício" financeiro, seja ele de R$1,00 ou R$1.000,00... Cristo já fez o Sacrifício... conforme o cristianismo bíblico, todo o que se "sacrifica" ou paga penitência para conquistar algo em Deus, seja da forma que for, nega o sacrifício de Cristo na cruz. Cristianismo é descansar em Deus e não se sacrificar por Ele. Aquele que se sacrifica faz algo inútil e repulsivo aos olhos de Deus. (Oséias 6.6 / Hebreus 10.8)



2. Não existem objetos consagrados, óleos ungidos, orações fortes ou qualquer prática litúrgica que possa produzir um milagre. O cristianismo rejeita qualquer objeto ou forma visível para se chegar a Deus. O único caminho é a Fé em Cristo Jesus (que é o Caminho, a Verdade e a Vida), pois como diz a Bíblia: o justo viverá por Fé. (Romanos 1.17) Diz também: Ora a Fé é a certeza das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1)... portanto, se você está vendo e nisso está sua certeza... isso não é Fé... isso não é cristianismo.


3. Não existem lugares santos para o cristianismo, nem Jerusalém, nem Israel, nem o monte Sinai, nem mesmo as igrejas (o mesmo serve para símbolos, sagrado somente o corpo, pois é Templo do Espírito Santo)... você não precisa ir a um lugar específico, enviar uma carta para uma fogueira em Israel ou para um morro na sua cidade... Deus não habita em lugares contruídos por mãos humanas. Igreja é sim, um lugar de reunião daqueles que servem, buscam e relacionam-se com Deus, não a Casa Dele, portanto, ninguém é obrigado a ir a uma igreja, mas na igreja você conhece aqueles que têm a mesma fé. (João 4.21-23 / Atos 7.48, 17.24)


4. Não acredite naqueles que afirmam ser sua igreja melhor que a outra... igreja não leva a Deus, religião alguma leva a Deus, pastor algum tem esse poder... o que leva a Salvação é o reconhecimento de que Deus é Deus, Cristo é seu filho e foi ressucitado por Ele... seguido de um real arrependimento... ser cristão é ser fiel a Deus e sua Palavra (Bíblia), não à instituições religiosas. (João 14.6)


5. Não acredite em pastores que podem "exigir" e "determinar" que Deus faça alguma coisa por você e que pedem algo em troca para fazer isso... Deus não obedece a homens. Deus ama o homem, não o explora. Nunca dê o que você não tem para dar... Cristo já deu a vida por você nada que você der poderá pagar isso.


6. Não é errado o dízimo nem a oferta, mas isso não pode servir de extorsão religiosa... o dízimo e a oferta devem ser voluntárias e para manutenção da igreja e dos necessitados (está na Bíblia e na Constituição Federal Brasileira, distorcer isso é crime e pecado)... se alguém dá oferta ou dízimo porque espera receber alguma coisa em troca é ignorante, pois conforme ensina o genuíno cristianismo, aquele que dá, dê sem nada esperar (o que tua mão direita der, a esquerda não veja)... o que assim não pensa, não conhece a Cristo nem a Bíblia... se algum pastor diz que você precisa ser "fiel" na oferta e no dízimo para que Deus seja "fiel" com você... é porque lhe nega a palavra que diz: o homem pode ser infiel, mas Deus permanece fiel pois não pode ir contra sua natureza. (2 Timóteo 2.13), a fidelidade de Deus não fundamenta-se num relacionamento de troca de favores, Deus o ama, independente de quem você é, como você é de quanto você tem.


7. Nenhum homem está livre de errar, inclusive os pastores, se algum pastor diz não ter pecados ou garante estar com ele toda a razão e que somente a ele Deus ouve... é mentiroso, a própria Bíblia o condena por tal atitude. (Romanos 3.23). A Palavra de Deus liberta o homem e não o aprisiona em doutrinas e ordenanças que de nada servem para aproximar o homem de Deus, mas sim, reduzí-lo a uma condição de escravidão a líderes que parecem ovelhas, mas que na verdade são lobos. Deus não se agrada daqueles que o temem seguindo apenas doutrinas humanas.... agrada-se daqueles que fazem a Sua vontade.


8. Uma pessoa não é abençoada porque é rica, é abençoada porque tem a Cristo... se algum pastor lhe promete riquezas sem fim e ainda utiliza-se de passagens bíblicas para isso... é mentiroso, vendedor da graça e maldito. O genuíno cristianismo NÃO promete riquezas nessa vida, mas sim, vida eterna e na glória do porvir. Se algum pastor só prega riquezas ele não serve a Deus, mas a Mamom*. (Mateus 6.24 / Marcos 10.23-24)
*deus do dinheiro; daquele que ama o dinheiro.


9. Não acredite em pastores que dizem que se você for para a igreja dele você nunca mais terá problema, pois disse Jesus: No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, pois eu já venci o mundo. (João 16.33) Aceitar a Cristo não é garantia de que nada de mal vai lhe ocorrer, mas a garantia de que você tem a vida eterna, se algum cristão julga serem as coisas do mundo mais preciosas que a vida eterna não é cristão... é nada... pois ainda que fosse ateu haveria mais misericórida para ele, mas pelo contrário, diz crer em Deus e rejeita toda Sua glória incorruptível por uma glória corruptível e passageira.

0,5. Para não ser enganado por um vendedor, leia o contrato, Para não ser enganado por um "pastor", que não liga muito para as suas ovelhas, leia a Bíblia. (Mateus 22.29)

autor: Daniel Clós